O belo surge do latim bellus, significa algo “bonito, que tem beleza” e desde o inicio da sua utilização que este adjectivo expandiu as fronteiras da sua aplicação transmutando-se num conceito individual.
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À história e às origens do belo regressarei brevemente num outro texto, por enquanto pretendo centrar-me apenas nas percepções individuais do belo.
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O que é o belo?
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A beleza é uma sensação gerada pela observação cuidada de algo, uma observação intencional ou casual do nosso tempo sobre o objecto observado, podendo este ser pessoa ou situação, natural ou criado, objecto bem como instante.
Tudo aquilo que tem um valor contemplativo está apto a ser uma ponte para o belo, ladeado pelas margens largas das capacidades perceptivas individuais que ora estreitam ora se expandem para lá do que nos é conhecido.
A beleza é uma experiência emocional, mental ou espiritual do indivíduo, atribuída por si por meio de um conjunto de interpretações singulares, dos seus gostos e narrativas que compõem a sua própria história e também das do colectivo a que pertence e naquilo a que a comunidade designa e aceita por belo.
Surge da harmonia de muitos conceitos estéticos que a aproxima da essência da perfeição.
Possui mecanismos próprios de percepção que ocorrem num encadeamento fluido, conduzindo a pessoa a um caminho intacto.
Primeiro, há a percepção do objecto, ser ou situação, depois recebemos um sentimento de prazer, um olá que pede que nele nos demoremos mais um pouco que seja e da acção voluntária dessa contemplação acolhemos o belo através das nossas emoções.
O belo é poder, quando ganha forma e se transforma em matéria contemplativa para os nossos sentidos, imergindo-nos na sua experiência, aproximando-nos da sua quase perfeição e marcando-nos pelo sentir.
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O belo tem tanto a oferecer às marcas, como as marcas às pessoas que as acompanham e desejam ver nelas representada a beleza que as inspire e emocione.