O velho e a voz
Seguia um franzino senhor a rondar o século, não outro, este.
Conhecia gentes, sentia saudades da mãe, emocionava-se…
Voz de revista, menino do teatro, da sua mãe e das suas gentes.
Declamava poesia e generosidade a quem educadamente se lhe dirigisse.
O senhor que deitava o suspiro leve, possivelmente dos últimos da sua geração, singularidade e dos que teria disponíveis ainda para si.
O senhor rico de memórias e esperançoso na simpatia, trazendo na voz a gentileza que já não se produz.