Sou a ausência das coisas que transporto
Levo-as daqui ali
amontoam-se-me
avolumam-se-me ao corpo.
Se delas me soltar,
largando-as de mim
deixando-as ir
ficarei maior.
Os seus volumes somar-se-ão
permanecendo por aqui
a alma do seu espaço
o esqueleto.
O meu tronco agilizar-se-á
e voltarei a ser maior do que as coisas que transporto.